Impressionismo
Surgido
na França em 1874, o impressionismo foi um movimento artístico que passou a
explorar, de forma conjunta, a intensidade das cores e a sensibilidade do
artista. A denominação “impressionismo” foi dada após a declaração pejorativa
do crítico de arte francês Louis Leroy ao ver a tela “Impression du Soleil
Levant”, de Monet, um dos principais artistas do movimento.
Os
impressionistas buscavam retratar em suas obras os efeitos da luz do sol sobre
a natureza, por isso, quase sempre pintavam ao ar livre. A ênfase, portanto,
era dada na capacidade da luz solar em modificar todas as cores de um ambiente,
assim, a retratação de uma imagem mais de uma vez, porém em horários e
luminosidades diferentes, era algo normal. O impressionismo explora os
contrastes e a claridade das cores, resplandecendo a ideia de felicidade e
harmonia.
Para
os impressionistas, os objetos deveriam ser retratados como se estivessem
totalmente iluminados pelo sol, valorizando as cores da natureza. Além disso,
as figuras não deveriam ter contornos nítidos e o preto jamais poderia ser
utilizado; até as sombras deveriam ser luminosas e coloridas.
Os principais artistas
impressionistas foram Monet, Manet, Renoir, Camile Pissaro, Alfred Sisley,
Vincent Van Gogh, Degas, Cézanne, Caillebotte, Mary Cassatt, Boudin, Morisot,
etc. No Brasil, o representante máximo do impressionismo foi Eliseu Visconti,
o qual teve contato com a obra dos impressionistas e soube transformar as
características do movimento conforme a cor e a atmosfera luminosa do nosso
país.
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Pós-Impressionismo
Termo usado para os pintores que estavam se distanciando do impressionismo como Van Gogh, Gauguin e Seurat. O tema relacionado, volta a ter importância, assim como os valores formais.
O termo foi introduzido por Roger Fry e Clive Bell e se concretizou após uma exposição no inverno de 1910, em Londres "Manet e o Pós-impressionismo".
Esses artistas começam a dar formas e contornos visíveis aos objetos, as sombras desaparecem. Cézanne tende a converter os elementos naturais em figuras geométricas como cones e cilindros. Seurat quebra as cores puras de Monet, usando a justaposição de pontos, ele produzia qualquer densidade de tonalidade, de acordo com a predominância da cor. Nesse estilo, as formas dos seres são simplificadas, os efeitos da luz são reduzidos e as cores são bem definidas.
Os escultores dessa época foram influenciados por Rodin. Um dos que se destacaram foi Aristide Maillol, que admirava a escultura grega primitiva.
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A principal característica escultural, é a figura num estado harmonioso e
independente. A escultura se encontra em equilíbrio com o ambiente.
EXPRESSIONISMO
O Expressionismo é a arte do
instinto, trata-se de uma pintura dramática, subjetiva, “expressando”
sentimentos humanos. Utilizando cores irreais, dá forma plástica ao amor, ao
ciúme, ao medo, à solidão, à miséria humana, à prostituição. Deforma-se a
figura, para ressaltar o sentimento. Predominância dos valores emocionais sobre os intelectuais. Corrente artística concentrada especialmente na Alemanha entre 1905 e 1930.
Principais características: pesquisa no domínio psicológico;
- cores resplandecentes, vibrantes, fundidas ou separadas;
- dinamismo improvisado, abrupto, inesperado;
- pasta grossa, martelada, áspera;
- técnica violenta: o pincel ou espátula vai e vem, fazendo e refazendo, empastando ou provocando explosões;
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preferência pelo patético, trágico e sombrio
OBSERVAÇÃO: Alguns historiadores determinam para esses pintores o movimento ”Pós Impressionista”. Os pintores não queriam destruir os efeitos impressionistas, mas queriam levá-los mais longe. Os três primeiros pintores abaixo estão incluídos nessa designação.
Em 1905, em Paris, no Salão de Outono, alguns artistas foram chamados de fauves (em português significa feras), em virtude da intensidade com que usavam as cores puras, sem misturá-las ou matizá-las. Quem lhes deu este nome foi o crítico Louis Vauxcelles, pois estavam expostas um conjunto de pinturas modernas ao lado de uma estatueta renascentista.
Os princípios deste movimento artístico eram:
- Criar, em arte, não tem relação com o intelecto e nem com sentimentos.
- Criar é seguir os impulsos do instinto, as sensações primárias.
- A cor pura deve ser exaltada.
- As linhas e as cores devem nascer impulsivamente e traduzir as sensações elementares, no mesmo estado de graça das crianças e dos selvagens.
- · Pincelada violente, espontânea e definitiva;
- · Ausência de ar livre;
- · Colorido brutal, pretendendo a sensação física da cor que é subjetiva, não correspondendo à realidade;
- · Uso exclusivo das cores puras, como saem das bisnagas;
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· Pintura por manchas largas, formando grandes planos;
CUBISMO
Historicamente o Cubismo originou-se na obra
de Cézanne, pois para ele a pintura deveria tratar as formas da natureza como
se fossem cones, esferas e cilindros. Para Cézanne, a pintura não podia
desvincular-se da natureza, tampouco copiava a natureza; de fato, a
transformava. Ele dizia: “Mudo a água em vinho, o mundo em pintura”. E era
verdade. Em suas telas, a árvore da paisagem ou a fruta da natureza morte não
eram a árvore e a fruta que conhecemos – eram pintura. Preservavam-se as
referências exteriores que as identificavam como árvore ou fruta, adquiriam
outra substância: eram seres do mundo pictórico e não do mundo natural. Por
isso, é correto dizer que Cézanne pintava numa zona limite, na fronteira da
natureza e da arte.
Entretanto, os cubistas foram mais longe do
que Cézanne. Passaram a representar os objetos com todas as suas partes num
mesmo plano. É como se eles estivessem abertos e apresentassem todos os seus
lados no plano frontal em relação ao espectador. Na verdade, essa atitude de decompor
os objetos não tinha nenhum compromisso de fidelidade com a aparência real das
coisas.
O pintor cubista tenta representar os objetos
em três dimensões, numa superfície plana, sob formas geométricas, com o
predomínio de linhas retas. Não representa, mas sugere a estrutura dos corpos
ou objetos. Representa-os como se movimentassem em torno deles, vendo-os sob
todos os ângulos visuais, por cima e por baixo, percebendo todos os planos e
volumes.
Principais características:
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Geometrização
das formas e volumes
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Renúncia
à perspectiva
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O
claro-escuro perde sua função
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Representação
do volume colorido sobre superfícies planas
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Sensação
de pintura escultórica
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Cores
austeras, do branco ao negro passando pelo cinza, por um ocre apagado ou um
castanho suave
O cubismo se divide em duas fases:
- Cubismo Analítico - (1909) caracterizado pela desestruturação da obra em
todos os seus elementos. Decompondo a obra em partes, o artista registra todos
os seus elementos em planos sucessivos e superpostos, procurando a visão total
da figura, examinado-a em todos os ângulos no mesmo instante, através da fragmentação
dela. Essa fragmentação dos seres foi tão grande, que se tornou impossível o
reconhecimento de qualquer figura nas pinturas cubistas. A cor se reduz aos
tons de castanho, cinza e bege.
- Cubismo Sintético - (1911) reagindo à excessiva fragmentação dos objetos e à destruição de sua estrutura. Basicamente, essa tendência procurou tornar as figuras novamente reconhecíveis. Também chamado de Colagem porque introduz letras, palavras, números, pedaços de madeira, vidro, metal e até objetos inteiros nas pinturas. Essa inovação pode ser explicada pela intenção dos artistas em criar efeitos plásticos.
ABSTRACIONISMO
GEOMÉTRICO
A arte abstrata tende a suprimir toda a
relação entre a realidade e o quadro, entre as linhas e os planos, as cores e a
significação que esses elementos podem sugerir ao espírito. Quando a
significação de um quadro depende essencialmente da cor e da forma, quando o
pintor rompe os últimos laços que ligam a sua obra à realidade visível, ela
passa a ser abstrata.
- Abstracionismo Geométrico ou Formal, as formas e as cores devem ser organizadas de tal maneira que a
- composição resultante seja apenas a
expressão de uma concepção geométrica.
PIET MONDRIAN (1872-1944), pintor holandês. Depois de haver participado da arte cubista, continua simplificando suas formas até conseguir um resultado, baseado nas proporções matemáticas ideais, entre as relações formais de um espaço estudado.
O artista utiliza, como elemento de base, uma superfície plana, retangular e as três cores primárias com um pouco de preto e branco. Essas superfícies coloridas são distribuídas e justapostas buscando uma arte pura.
Segundo Mondrian, cada coisa, seja uma casa,
seja uma árvore ou uma paisagem, possui uma essência que está por tráz de sua
aparência. E as coisas, em sua essência, estão em harmonia no universo. O papel
do artista, para ele, seria revelar essa essência oculta e essa harmonia
universal.
Ele procura, pesquisa e consegue um
equilíbrio perfeito da composição, despojado de todo excesso da cor, da linha
ou da forma.
Em 1940, Mondrian foi para Nova York, onde realizou a última fase de sua obra: desapareceram as barras negras e o quadro ficou dividido em múltiplos retângulos de cores vivas. É a série dos quadros boogie-woogie
Em 1940, Mondrian foi para Nova York, onde realizou a última fase de sua obra: desapareceram as barras negras e o quadro ficou dividido em múltiplos retângulos de cores vivas. É a série dos quadros boogie-woogie
DADAÍSMO
Formado em 1916 em Zurique por jovens
franceses e alemães que, se tivessem permanecido em seus respectivos países,
teriam sido convocados para o serviço militar, o Dada foi um movimento de
negação. Durante a Primeira Guerra Mundial, artistas de várias nacionalidades,
exilados na Suíça, eram contrários ao envolvimento dos seus próprios países na
guerra.
Fundaram um movimento literário para expressar
suas decepções em relação a incapacidade da ciências, religião, filosofia que
se revelaram pouco eficazes em evitar a destruição da Europa. A palavra Dada
foi descoberta acidentalmente por Hugo Ball e por Tzara Tristan num dicionário
alemão-francês. Dada é uma palavra francesa que significa na linguagem infantil
"cavalo de pau". Esse nome escolhido não fazia sentido,
assim como a arte que perdera todo o sentido diante da irracionalidade da
guerra.
Sua proposta é que a arte ficasse solta das
amarras racionalistas e fosse apenas o resultado do automatismo psíquico,
selecionado e combinando elementos por acaso. Sendo a negação total da cultura,
o Dadaísmo defende o absurdo, a incoerência, a desordem, o caos. Politicamente,
firma-se como um protesto contra uma civilização que não conseguiria evitar a
guerra.
Ready-Made significa confeccionado, pronto.
Expressão criada em 1913 pelo artista francês Marcel Duchamp para designar
qualquer objeto manufaturado de consumo popular, tratado como objeto de arte
por opção do artista.
O fim do Dada como atividade de grupo ocorreu
por volta de 1921.
SURREALISMO
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O Manifesto Surrealista foi lançado em Paris,
em 1924, por André Breton (1896-1970), um ex-participante do Dadaísmo,
que rompera com Tristan Tzara. É importante salientar que o Surrealismo
é um movimento de vanguarda iniciado no período entre guerras, ou seja, foi
criado sobre as cinzas da Primeira Guerra e sobre a experiência acumulada de
todos os outros movimentos. Entretanto, suas origens estão mais próximas do Expressionismo
e da sondagem do mundo interior, em busca do homem primitivo, da liberação
do inconsciente e da valorização do sonho.
O Surrealismo conhece uma ruptura interna
quando André Breton faz uma opção pela arte revolucionária, influenciado
que estava pelo marxismo. Muitos dos seguidores do movimento não admitiam o engajamento
da arte na política, criando assim uma divisão entre os surrealistas comunistas
e os não comunistas.
Movimento fundado em Zurique, na Suiça, por
um grupo de artistas e intelectuais, durante a Primeira Guerra Mundial (1914 -
1918). Suas inquietações eram derivadas da desconfiança na ciência, na religião
e na moral. O espetáculo hediondo da guerra e o irracionalismo tomaram conta da
Europa e de todos os valores tradicionais que sustentavam essa civilização.
Vale lembrar que nesse momento, o pensamento do psicanalista Sigmund Freud
trazia inovações ao revelar que muitos dos atos humanos não estão ligados ao
encadeamento lógico. A ausência de controle exercido pela razão e o
"automatismo psíquico puro" indicavam os novos rumos da arte.
Principais artistas: Salvador Dalí,
Ives Tanguy, Max Ernst, Juan Miró, René Magritte,
Paul Delvaux, André Masson.
Características do Surrealismo:
- valoriza a intervenção fantasiosa na realidade;
- ressalta o automatismo contra o domínio da consciência;
- as formas da realidade são completamente abandonadas.
- Explorar o inconsciente, o sonho, a loucura; aproximar-se de tudo que fosse antagônico à lógica e estivesse fora do controle da consciência.
FUTURISMO
O Futurismo, movimento de artistas
italianos, deve ser considerado o primeiro movimento artístico tipicamente de
vanguarda, embora tenha surgido um pouco depois do Cubismo.
O primeiro manifesto do movimento foi
publicado em 20 de fevereiro de 1909, em Paris no "Le Figaro" e não
na Itália, assinado por Filippo Tommaso Marinetti (1876/1944);
apresentava como pontos fundamentais a exaltação da vida moderna, da máquina,
da eletricidade, do automóvel e da velocidade. Período 1909 a 1914.
Principais artistas: Umberto Boccioni,
Carlo Carrá, Luigi Russolo, Gino Severini, Giacomo Balla.
Características do Futurismo:
- Precedência da teoria sobre a prática e pretensão de ser "moderno", com exclusividade da expressão mais avançada da arte do seu tempo, características que, também, marcaram outros movimentos de vanguarda.
- Movimento que mais produziu manifestos.
- Expressão do dinamismo, ponto essencial da estética futurista.
- Busca de uma linguagem intensa, dinâmica, audaciosa capaz de expressar as novas concepções de espaço e movimento.
Reginaldo Leite