Mato Grosso do Sul: cultura
e folclore
Mato Grosso do Sul, tendo seu território percorrido pelas correntes
migratórias espanholas e portuguesas desde 1524 e, depois de oficializada a
posse pela coroa portuguesa, sua situação geográfica de proximidade com as
fronteiras do Paraguai e da Bolívia, oferece características
histórico-culturais diferenciadas das demais regiões do país. Grande parte da
superfície desse Estado é considerada a maior área inundável do continente
americano - o Pantanal. Seus habitantes são pessoas simples e guardam em suas
memórias, histórias que contam como se formou essa parte do continente,
considerando que ali existia, há muitos anos, o mar de Xaraés. Encontram-se
mitos como o Bicho Pé-de-garrafa, o Minhocão, o Mãozão, o Come-língua e
outros, além de lendas como A tristeza do Tuiuiú, o João de Barro, o Guaraná,
só para citar algumas.
A habitação folclórica mais comum é feita de paredes de palmeiras encontradas
na região como o taquarussu e o bacuri, com cobertura de folhas de bacuri,
carandá e sapé, equipada de forno de barro, fogão a lenha e jirau.
A culinária da região é saborosa, desde o arroz carreteiro até a chipa
paraguaia, passando pelo sarrabulho, locro, churrasco com mandioca, farofa de
banana da terra, carne seca ao sol frita, cozida ou assada, paçoca de carne
seca, peixes como: pintado, dourado, pacu e outros, caldo de piranha
(afrodisíaco), sopa paraguaia e saltenha boliviana.
As bebidas indispensáveis são o guaraná ralado (estimulante), o tereré (mate
frio ou gelado servido na guampa e sorvido através de uma bomba), além dos licores
de pequi, jenipapo, leite e outros. A natureza se encarrega de fornecer os
frutos com os quais as quituteiras preparam as sobremesas: doces de caju,
goiaba, bocaiúva, carambola, furrundum (feito com mamão verde ralado e
rapadura) e tantos outros.
O artesanato regional pode ser visto e adquirido na Casa do Artesão
de Campo Grande, mantida pela Secretaria de Cultura do Estado, ou em
lojas comerciais de diversos municípios, como: Corumbá, Bonito, Rio Verde,
Coxim, Miranda, Aquidauana, Dourados, Três Lagoas, só para citar alguns. O
artesanato é composto por objetos confeccionados em fibras naturais como:
salsaparrilha, taboca, urubamba, aguapé; em madeira da
região como o jacarandá de Mato Grosso, principalmente
Das festas populares destacam-se as seguintes: São João de Corumbá,
comemorada nesse município na noite de 23 de junho, à beira do rio Paraguai,
para onde acorrem dezenas de andores do santo homenageado para ser banhado
nas águas do rio. O Carnaval é festa animada em todos os municípios do
Estado, recebendo destaque em Corumbá pelo desfile e premiação de fantasias
nas diversas categorias.
Outras festas religiosas podem ser encontradas como: São Benedito - uma
tradição da comunidade negra, formada por descendentes de Tia Eva, na cidade
de Campo Grande; Nossa Senhora de Caacupé - uma tradição paraguaia, mantida
pelos seus descendentes e realizada em 8 de dezembro em municípios que
concentram essas populações como: Campo Grande, Porto Murtinho e Ponta Porã;
a Festa do Peixe em Coxim, realizada próximo ao dia 11 de outubro, que marca
a divisão do Estado, apresentando concursos de pesca, comida tradicional e
outros.
Com menor divulgação, porém guardando as características do folclore, pois as
festas ocorrem em âmbito familiar, mas abertas ao público interessado,
destacam-se a Festa dos Santos Reis em Aparecida do Taboado
e região (a festa é realizada em fazendas) e
As danças folclóricas encontradas
A indumentária que caracteriza o traje típico de Mato Grosso do Sul é
composta, para os homens, por uma calça mais folgada (antes chamava-se colote
e hoje é a calça comum, universal), camisa xadrez ou lisa, faixa de peão -
listrada (em substituição ao cinto), botina, chapéu de palha ou lã, faca na
bainha, ajustada sob a faixa (nas costas). Para as mulheres, o vestido rodado
é de chita, com enfeites aplicados, decote discreto, porém pode ser um pouco
mais ousado e mais colorido se representar o gosto das mulheres
paraguaias.
Pesquisas:
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Arte - fundamental e médio
terça-feira, 21 de setembro de 2010
3º ano - Ensino médio
2º ano - ensino médio
ARQUITETURA
Taba ou Aldeia é a reunião de 4 a 10 ocas, em cada oca vivem
várias famílias (ascendentes e descendentes), geralmente entre 300 a 400 pessoas. O lugar
ideal para erguer a taba deve ser bem ventilado, dominando visualmente a
vizinhança, próxima de rios e da mata. A terra, própria para o cultivo da
mandioca e do milho.
No centro da aldeia fica a ocara, a praça. Ali se reunem os conselheiros, as mulheres preparam as bebidas rituais, têm lugar as grandes festas. Dessa praça partem trilhas chamadas pucu que levam a roça, ao campo e ao bosque.
No centro da aldeia fica a ocara, a praça. Ali se reunem os conselheiros, as mulheres preparam as bebidas rituais, têm lugar as grandes festas. Dessa praça partem trilhas chamadas pucu que levam a roça, ao campo e ao bosque.
Destinada a durar no máximo 5 anos a oca é erguida com varas, fechada e coberta com palhas ou folhas. Não recebe reparos e quando inabitável os ocupantes a abandonam. Não possuem janelas, têm uma abertura em cada extremidade e em seu interior não tem nenhuma parede ou divisão aparente. Vivem de modo harmonioso.
PINTURA CORPORAL E ARTE PLUMÁRIA
Pintam o corpo para enfeitá-lo e
também para defende-lo contra o sol, os insetos e os espíritos maus. E para
revelar de quem se trata, como está se sentindo e o que pretende. As cores e os
desenhos ‘falam’, dão recados. Boa tinta, boa pintura, bom desenho garantem boa
sorte na caça, na guerra, na pesca, na viagem. Cada tribo e cada família
desenvolvem padrões de pintura fiéis ao seu modo de ser. Nos dias comuns a
pintura pode ser bastante simples, porém nas festas, nos combates, mostra-se
requintada, cobrindo também a testa, as faces e o nariz. A pintura corporal é
função feminina, a mulher pinta os corpos dos filhos e do marido.
Assim como a pintura corporal a
arte plumária serve para enfeites: mantos, máscaras, cocares, e passam aos seus portadores elegância e
magestade. Esta é uma arte muito especial porque não está associada a nenhum
fim utilitário, mas apenas a pura busca da beleza.
A ALDEIA CABE NO COCAR
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A disposição e as cores das
penas do cocar não são aleatórias. Além de bonito, ele indica a posição de
chefe dentro do grupo e simboliza a própria ordenação da vida em uma aldeia
Kayapó. Em forma de arco, uma grande roda a girar entre o presente e o passado.
"É uma lógica de manutenção e não de progresso", explica Luis
Donisete Grupioni. A aldeia também é disposta assim. Lá, cada um tem seu
lugar e sua função determinados.
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A FLORESTA
O verde representa
as matas, que protegem as aldeias e ao mesmo tempo são a morada dos mortos e
dos seres sobrenaturais. São consideradas um lugar perigoso, já que fogem ao
controle dos Kayapó.
OS HOMENS
A cor mais forte (vermelho)
representa a casa dos homens, que fica bem no coração da aldeia. É a
"prefeitura" Kayapó, presidida apenas por homens. Aí eles se reúnem
diariamente para discutir caçadas, guerras, rituais e confeccionar adornos,
como colares e pulseiras.
AS MULHERES
O amarelo refere-se
às casas e às roças, áreas dominadas pelas mulheres. Nesses espaços, elas
pintam os corpos dos maridos e dos filhos, plantam, colhem e preparam os
alimentos. Todas as choças têm a mesma distância em relação à casa dos homens.
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TRANÇADOS E CERÂMICA
A variedade de plantas que são
apropriadas ao trançado no Brasil dá ao índio uma inesgotável fonte de matéria
prima. É trançando que o índio constrói a sua casa e uma
grande variedade de utensílios, como
cestos para uso doméstico, para transporte de alimentos e objetos trançados para
ajudar no preparo de alimentos (peneiras), armadilhas para caça e pesca, abanos
para aliviar o calor e avivar o fogo, objetos de adorno pessoal (cocares, tangas,
pulseiras), redes para pescar e dormir, instrumentos musicais para uso em
rituais religiosos, etc. Tudo isso sem perder a beleza e feito com muita
perfeição.
A cerâmica destacou-se
principalmente pela sua utilidade, buscando a sua forma, nas cores e na
decoração exterior, o seu ponto alto ocorreu na ilha de Marajó.
1º ano do ensino médio - 4º bimestre
RENASCIMENTO
Características gerais:
* Racionalidade
* Dignidade do Ser Humano
* Rigor Científico
* Ideal Humanista
* Reutilização das artes greco-romana
ARQUITETURA
Na arquitetura renascentista, a
ocupação do espaço pelo edifício baseia-se em relações matemáticas
estabelecidas de tal forma que o observador possa compreender a lei que o
organiza, de qualquer ponto em que se coloque.
“Já não é o edifício que possui o
homem, mas este que, aprendendo a lei simples do espaço, possui o segredo do
edifício” (Bruno Zevi, Saber Ver a Arquitetura)
Principais características:
- Ordens Arquitetônicas
- Arcos de Volta-Perfeita
- Simplicidade na construção
- A escultura e a pintura se desprendem da arquitetura e passam a ser autônomas
1º ano do ensino médio - 4º bimestre
RENASCIMENTO
O termo Renascimento é comumente aplicado à civilização européia que se desenvolveu entre 1300 e 1650. Além de reviver a antiga cultura greco-romana, ocorreram nesse período muitos progressos e incontáveis realizações no campo das artes, da literatura e das ciências, que superaram a herança clássica. O ideal do humanismo foi sem duvida o móvel desse progresso e tornou-se o próprio espírito do Renascimento. Trata-se de uma volta deliberada, que propunha a ressurreição consciente (o re-nascimento) do passado, considerado agora como fonte de inspiração e modelo de civilização. Num sentido amplo, esse ideal pode ser entendido como a valorização do homem (Humanismo) e da natureza, em oposição ao divino e ao sobrenatural, conceitos que haviam impregnado a cultura da Idade Média.
1º ano do ensino médio - 4º bimestre
RENASCIMENTO
O termo Renascimento é comumente aplicado à civilização européia que se desenvolveu entre 1300 e 1650. Além de reviver a antiga cultura greco-romana, ocorreram nesse período muitos progressos e incontáveis realizações no campo das artes, da literatura e das ciências, que superaram a herança clássica. O ideal do humanismo foi sem duvida o móvel desse progresso e tornou-se o próprio espírito do Renascimento. Trata-se de uma volta deliberada, que propunha a ressurreição consciente (o re-nascimento) do passado, considerado agora como fonte de inspiração e modelo de civilização. Num sentido amplo, esse ideal pode ser entendido como a valorização do homem (Humanismo) e da natureza, em oposição ao divino e ao sobrenatural, conceitos que haviam impregnado a cultura da Idade Média.
Características gerais:
* Racionalidade
* Dignidade do Ser Humano
* Rigor Científico
* Ideal Humanista
* Reutilização das artes greco-romana
ARQUITETURA
Na arquitetura renascentista, a ocupação do espaço pelo edifício baseia-se em relações matemáticas estabelecidas de tal forma que o observador possa compreender a lei que o organiza, de qualquer ponto em que se coloque.
“Já não é o edifício que possui o homem, mas este que, aprendendo a lei simples do espaço, possui o segredo do edifício” (Bruno Zevi, Saber Ver a Arquitetura)
Principais características:
* Ordens Arquitetônicas
* Arcos de Volta-Perfeita
* Simplicidade na construção
* A escultura e a pintura se desprendem da arquitetura e passam a ser autônomas
* Construções; palácios, igrejas, vilas (casa de descanso fora da cidade), fortalezas (funções militares)
O principal arquiteto renascentista:
Brunelleschi - é um exemplo de artista completo renascentista, pois foi pintor, escultor e arquiteto. Além de dominar conhecimentos de Matemática, Geometria e de ser grande conhecedor da poesia de Dante. Foi como construtor, porém, que realizou seus mais importantes trabalhos, entre eles a cúpula da catedral de Florença e a Capela Pazzi.
PINTURA
Principais características:
* Perspectiva: arte de figura, no desenho ou pintura, as diversas distâncias e proporções que têm entre si os objetos vistos à distância, segundo os princípios da matemática e da geometria.
* Uso do claro-escuro: pintar algumas áreas iluminadas e outras na sombra, esse jogo de contrastes reforça a sugestão de volume dos corpos.
* Realismo: o artistas do Renascimento não vê mais o homem como simples observador do mundo que expressa a grandeza de Deus, mas como a expressão mais grandiosa do próprio Deus. E o mundo é pensado como uma realidade a ser compreendida cientificamente, e não apenas admirada.
* Inicia-se o uso da tela e da tinta à óleo.
* Tanto a pintura como a escultura que antes apareciam quase que exclusivamente como detalhes de obras arquitetônicas, tornam-se manifestações independentes.
* Surgimento de artistas com um estilo pessoal, diferente dos demais, já que o período é marcado pelo ideal de liberdade e, conseqüentemente, pelo individualismo.
Os principais pintores foram:
Botticelli - os temas de seus quadros foram escolhidos segundo a possibilidade que lhe proporcionavam de expressar seu ideal de beleza. Para ele, a beleza estava associada ao ideal cristão. Por isso, as figuras humanas de seus quadros são belas porque manifestam a graça divina, e, ao mesmo tempo, melancólicas porque supõem que perderam esse dom de Deus.
Obras destacadas: A Primavera e O Nascimento de Vênus.
Leonardo da Vinci - ele dominou com sabedoria um jogo expressivo de luz e sombra, gerador de uma atmosfera que parte da realidade mas estimula a imaginação do observador. Foi possuidor de um espírito versátil que o tornou capaz de pesquisar e realizar trabalhos em diversos campos do conhecimento humano.
Obras destacadas: A Virgem dos Rochedos e Monalisa.
Michelângelo - entre 1508 e 1512 trabalhou na pintura do teto da Capela Sistina, no Vaticano. Para essa capela, concebeu e realizou grande número de cenas do Antigo Testamento. Dentre tantas que expressam a genialidade do artista, uma particularmente representativa é a criação do homem.
Obras destacadas: Teto da Capela Sistina e a Sagrada Família
Rafael - suas obras comunicam ao observador um sentimento de ordem e segurança, pois os elementos que compõem seus quadros são dispostos em espaços amplo, claros e de acordo com uma simetria equilibrada. Foi considerado grande pintor de “Madonas”.
Obras destacadas: A Escola de Atenas e Madona da Manhã.
ESCULTURA
Em meados do século XV, com a volta dos papas de Avinhão para Roma, esta adquire o seu prestígio. Protetores das artes, os papas deixam o palácio de Latrão e passam a residir no Vaticano. Ali, grandes escultores se revelam, o maior dos quais é Michelângelo, que domina toda a escultura italiana do século XVI. Algumas obras: Moisés, Davi (4,10m) e Pietá.
Outro grande escultor desse período foi Andrea del Verrochio. Trabalhou em ourivesaria e esse fato acabou influenciando sua escultura. Obra destacada: Davi (1,26m) em bronze.
Principais Características:
* Buscavam representar o homem tal como ele é na realidade
* Proporção da figura mantendo a sua relação com a realidade
* Profundidade e perspectiva
* Estudo do corpo e do caráter humano
O Renascimento Italiano se espalha pela Europa, trazendo novos artistas que nacionalizaram as idéias italianas. São eles:
* Dürer * Hans Holbein
* Bosch * Bruegel
Para seu conhecimento
- A Capela Sistina foi construída por ordem de Sisto IV (retangular 40 x 13 x 20 altura). E é na própria Capela que se faz o Conclave: reunião com os cardeais após a morte do Papa para proceder a eleição do próximo. Lareira que produz fumaça negra - que o Papa ainda não foi escolhido; fumaça branca - que o Papa acaba de ser escolhido, avisa o povo na Praça de São Pedro, no Vaticano
- Michelângelo dominou a escultura e o desenho do corpo humano maravilhosamente bem, pois tendo dissecado cadáveres por muito tempo, assim como Leonardo da Vinci, sabia exatamente a posição de cada músculo, cada tendão, cada veia.
- Além de pintor, Leonardo da Vinci, foi grande inventor. Dentre as suas invenções estão: “Parafuso Aéreo”, primitiva versão do helicóptero, a ponte elevadiça, o escafandro, um modelo de asa-delta, etc.
- Quando deparamos com o quadro da famosa MONALISA não conseguimos desgrudar os olhos do seu olhar, parece que ele nos persegue. Por que acontece isso? Será que seus olhos podem se mexer? Este quadro foi pintado, pelo famoso artista e inventor italiano Leonardo da Vinci (1452-1519) e qual será o truque que ele usou para dar esse efeito? Quando se pinta uma pessoa olhando para a frente (olhando diretamente para o espectador) tem-se a impressão que o personagem do quadro fixa seu olhar em todos. Isso acontece porque os quadros são lisos. Se olharmos para a Monalisa de um ou de outro lado estaremos vendo-a sempre com os olhos e a ponta do nariz para a frente e não poderemos ver o lado do seu rosto. Aí está o truque em qualquer ângulo que se olhe a Monalisa a veremos sempre de frente.
Fonte: http://www.historiadaarte.com.br/renascimento.html
segunda-feira, 8 de março de 2010
3 ano / Ensino Médio - História da Arte
Impressionismo
Surgido
na França em 1874, o impressionismo foi um movimento artístico que passou a
explorar, de forma conjunta, a intensidade das cores e a sensibilidade do
artista. A denominação “impressionismo” foi dada após a declaração pejorativa
do crítico de arte francês Louis Leroy ao ver a tela “Impression du Soleil
Levant”, de Monet, um dos principais artistas do movimento.
Os
impressionistas buscavam retratar em suas obras os efeitos da luz do sol sobre
a natureza, por isso, quase sempre pintavam ao ar livre. A ênfase, portanto,
era dada na capacidade da luz solar em modificar todas as cores de um ambiente,
assim, a retratação de uma imagem mais de uma vez, porém em horários e
luminosidades diferentes, era algo normal. O impressionismo explora os
contrastes e a claridade das cores, resplandecendo a ideia de felicidade e
harmonia.
Para
os impressionistas, os objetos deveriam ser retratados como se estivessem
totalmente iluminados pelo sol, valorizando as cores da natureza. Além disso,
as figuras não deveriam ter contornos nítidos e o preto jamais poderia ser
utilizado; até as sombras deveriam ser luminosas e coloridas.
Os principais artistas
impressionistas foram Monet, Manet, Renoir, Camile Pissaro, Alfred Sisley,
Vincent Van Gogh, Degas, Cézanne, Caillebotte, Mary Cassatt, Boudin, Morisot,
etc. No Brasil, o representante máximo do impressionismo foi Eliseu Visconti,
o qual teve contato com a obra dos impressionistas e soube transformar as
características do movimento conforme a cor e a atmosfera luminosa do nosso
país.
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Pós-Impressionismo
Termo usado para os pintores que estavam se distanciando do impressionismo como Van Gogh, Gauguin e Seurat. O tema relacionado, volta a ter importância, assim como os valores formais.
O termo foi introduzido por Roger Fry e Clive Bell e se concretizou após uma exposição no inverno de 1910, em Londres "Manet e o Pós-impressionismo".
Esses artistas começam a dar formas e contornos visíveis aos objetos, as sombras desaparecem. Cézanne tende a converter os elementos naturais em figuras geométricas como cones e cilindros. Seurat quebra as cores puras de Monet, usando a justaposição de pontos, ele produzia qualquer densidade de tonalidade, de acordo com a predominância da cor. Nesse estilo, as formas dos seres são simplificadas, os efeitos da luz são reduzidos e as cores são bem definidas.
Os escultores dessa época foram influenciados por Rodin. Um dos que se destacaram foi Aristide Maillol, que admirava a escultura grega primitiva.
-
A principal característica escultural, é a figura num estado harmonioso e
independente. A escultura se encontra em equilíbrio com o ambiente.
EXPRESSIONISMO
O Expressionismo é a arte do
instinto, trata-se de uma pintura dramática, subjetiva, “expressando”
sentimentos humanos. Utilizando cores irreais, dá forma plástica ao amor, ao
ciúme, ao medo, à solidão, à miséria humana, à prostituição. Deforma-se a
figura, para ressaltar o sentimento. Predominância dos valores emocionais sobre os intelectuais. Corrente artística concentrada especialmente na Alemanha entre 1905 e 1930.
Principais características: pesquisa no domínio psicológico;
- cores resplandecentes, vibrantes, fundidas ou separadas;
- dinamismo improvisado, abrupto, inesperado;
- pasta grossa, martelada, áspera;
- técnica violenta: o pincel ou espátula vai e vem, fazendo e refazendo, empastando ou provocando explosões;
-
preferência pelo patético, trágico e sombrio
OBSERVAÇÃO: Alguns historiadores determinam para esses pintores o movimento ”Pós Impressionista”. Os pintores não queriam destruir os efeitos impressionistas, mas queriam levá-los mais longe. Os três primeiros pintores abaixo estão incluídos nessa designação.
Em 1905, em Paris, no Salão de Outono, alguns artistas foram chamados de fauves (em português significa feras), em virtude da intensidade com que usavam as cores puras, sem misturá-las ou matizá-las. Quem lhes deu este nome foi o crítico Louis Vauxcelles, pois estavam expostas um conjunto de pinturas modernas ao lado de uma estatueta renascentista.
Os princípios deste movimento artístico eram:
- Criar, em arte, não tem relação com o intelecto e nem com sentimentos.
- Criar é seguir os impulsos do instinto, as sensações primárias.
- A cor pura deve ser exaltada.
- As linhas e as cores devem nascer impulsivamente e traduzir as sensações elementares, no mesmo estado de graça das crianças e dos selvagens.
- · Pincelada violente, espontânea e definitiva;
- · Ausência de ar livre;
- · Colorido brutal, pretendendo a sensação física da cor que é subjetiva, não correspondendo à realidade;
- · Uso exclusivo das cores puras, como saem das bisnagas;
-
· Pintura por manchas largas, formando grandes planos;
CUBISMO
Historicamente o Cubismo originou-se na obra
de Cézanne, pois para ele a pintura deveria tratar as formas da natureza como
se fossem cones, esferas e cilindros. Para Cézanne, a pintura não podia
desvincular-se da natureza, tampouco copiava a natureza; de fato, a
transformava. Ele dizia: “Mudo a água em vinho, o mundo em pintura”. E era
verdade. Em suas telas, a árvore da paisagem ou a fruta da natureza morte não
eram a árvore e a fruta que conhecemos – eram pintura. Preservavam-se as
referências exteriores que as identificavam como árvore ou fruta, adquiriam
outra substância: eram seres do mundo pictórico e não do mundo natural. Por
isso, é correto dizer que Cézanne pintava numa zona limite, na fronteira da
natureza e da arte.
Entretanto, os cubistas foram mais longe do
que Cézanne. Passaram a representar os objetos com todas as suas partes num
mesmo plano. É como se eles estivessem abertos e apresentassem todos os seus
lados no plano frontal em relação ao espectador. Na verdade, essa atitude de decompor
os objetos não tinha nenhum compromisso de fidelidade com a aparência real das
coisas.
O pintor cubista tenta representar os objetos
em três dimensões, numa superfície plana, sob formas geométricas, com o
predomínio de linhas retas. Não representa, mas sugere a estrutura dos corpos
ou objetos. Representa-os como se movimentassem em torno deles, vendo-os sob
todos os ângulos visuais, por cima e por baixo, percebendo todos os planos e
volumes.
Principais características:
-
Geometrização
das formas e volumes
-
Renúncia
à perspectiva
-
O
claro-escuro perde sua função
-
Representação
do volume colorido sobre superfícies planas
-
Sensação
de pintura escultórica
-
Cores
austeras, do branco ao negro passando pelo cinza, por um ocre apagado ou um
castanho suave
O cubismo se divide em duas fases:
- Cubismo Analítico - (1909) caracterizado pela desestruturação da obra em
todos os seus elementos. Decompondo a obra em partes, o artista registra todos
os seus elementos em planos sucessivos e superpostos, procurando a visão total
da figura, examinado-a em todos os ângulos no mesmo instante, através da fragmentação
dela. Essa fragmentação dos seres foi tão grande, que se tornou impossível o
reconhecimento de qualquer figura nas pinturas cubistas. A cor se reduz aos
tons de castanho, cinza e bege.
- Cubismo Sintético - (1911) reagindo à excessiva fragmentação dos objetos e à destruição de sua estrutura. Basicamente, essa tendência procurou tornar as figuras novamente reconhecíveis. Também chamado de Colagem porque introduz letras, palavras, números, pedaços de madeira, vidro, metal e até objetos inteiros nas pinturas. Essa inovação pode ser explicada pela intenção dos artistas em criar efeitos plásticos.
ABSTRACIONISMO
GEOMÉTRICO
A arte abstrata tende a suprimir toda a
relação entre a realidade e o quadro, entre as linhas e os planos, as cores e a
significação que esses elementos podem sugerir ao espírito. Quando a
significação de um quadro depende essencialmente da cor e da forma, quando o
pintor rompe os últimos laços que ligam a sua obra à realidade visível, ela
passa a ser abstrata.
- Abstracionismo Geométrico ou Formal, as formas e as cores devem ser organizadas de tal maneira que a
- composição resultante seja apenas a
expressão de uma concepção geométrica.
PIET MONDRIAN (1872-1944), pintor holandês. Depois de haver participado da arte cubista, continua simplificando suas formas até conseguir um resultado, baseado nas proporções matemáticas ideais, entre as relações formais de um espaço estudado.
O artista utiliza, como elemento de base, uma superfície plana, retangular e as três cores primárias com um pouco de preto e branco. Essas superfícies coloridas são distribuídas e justapostas buscando uma arte pura.
Segundo Mondrian, cada coisa, seja uma casa,
seja uma árvore ou uma paisagem, possui uma essência que está por tráz de sua
aparência. E as coisas, em sua essência, estão em harmonia no universo. O papel
do artista, para ele, seria revelar essa essência oculta e essa harmonia
universal.
Ele procura, pesquisa e consegue um
equilíbrio perfeito da composição, despojado de todo excesso da cor, da linha
ou da forma.
Em 1940, Mondrian foi para Nova York, onde realizou a última fase de sua obra: desapareceram as barras negras e o quadro ficou dividido em múltiplos retângulos de cores vivas. É a série dos quadros boogie-woogie
Em 1940, Mondrian foi para Nova York, onde realizou a última fase de sua obra: desapareceram as barras negras e o quadro ficou dividido em múltiplos retângulos de cores vivas. É a série dos quadros boogie-woogie
DADAÍSMO
Formado em 1916 em Zurique por jovens
franceses e alemães que, se tivessem permanecido em seus respectivos países,
teriam sido convocados para o serviço militar, o Dada foi um movimento de
negação. Durante a Primeira Guerra Mundial, artistas de várias nacionalidades,
exilados na Suíça, eram contrários ao envolvimento dos seus próprios países na
guerra.
Fundaram um movimento literário para expressar
suas decepções em relação a incapacidade da ciências, religião, filosofia que
se revelaram pouco eficazes em evitar a destruição da Europa. A palavra Dada
foi descoberta acidentalmente por Hugo Ball e por Tzara Tristan num dicionário
alemão-francês. Dada é uma palavra francesa que significa na linguagem infantil
"cavalo de pau". Esse nome escolhido não fazia sentido,
assim como a arte que perdera todo o sentido diante da irracionalidade da
guerra.
Sua proposta é que a arte ficasse solta das
amarras racionalistas e fosse apenas o resultado do automatismo psíquico,
selecionado e combinando elementos por acaso. Sendo a negação total da cultura,
o Dadaísmo defende o absurdo, a incoerência, a desordem, o caos. Politicamente,
firma-se como um protesto contra uma civilização que não conseguiria evitar a
guerra.
Ready-Made significa confeccionado, pronto.
Expressão criada em 1913 pelo artista francês Marcel Duchamp para designar
qualquer objeto manufaturado de consumo popular, tratado como objeto de arte
por opção do artista.
O fim do Dada como atividade de grupo ocorreu
por volta de 1921.
SURREALISMO
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O Manifesto Surrealista foi lançado em Paris,
em 1924, por André Breton (1896-1970), um ex-participante do Dadaísmo,
que rompera com Tristan Tzara. É importante salientar que o Surrealismo
é um movimento de vanguarda iniciado no período entre guerras, ou seja, foi
criado sobre as cinzas da Primeira Guerra e sobre a experiência acumulada de
todos os outros movimentos. Entretanto, suas origens estão mais próximas do Expressionismo
e da sondagem do mundo interior, em busca do homem primitivo, da liberação
do inconsciente e da valorização do sonho.
O Surrealismo conhece uma ruptura interna
quando André Breton faz uma opção pela arte revolucionária, influenciado
que estava pelo marxismo. Muitos dos seguidores do movimento não admitiam o engajamento
da arte na política, criando assim uma divisão entre os surrealistas comunistas
e os não comunistas.
Movimento fundado em Zurique, na Suiça, por
um grupo de artistas e intelectuais, durante a Primeira Guerra Mundial (1914 -
1918). Suas inquietações eram derivadas da desconfiança na ciência, na religião
e na moral. O espetáculo hediondo da guerra e o irracionalismo tomaram conta da
Europa e de todos os valores tradicionais que sustentavam essa civilização.
Vale lembrar que nesse momento, o pensamento do psicanalista Sigmund Freud
trazia inovações ao revelar que muitos dos atos humanos não estão ligados ao
encadeamento lógico. A ausência de controle exercido pela razão e o
"automatismo psíquico puro" indicavam os novos rumos da arte.
Principais artistas: Salvador Dalí,
Ives Tanguy, Max Ernst, Juan Miró, René Magritte,
Paul Delvaux, André Masson.
Características do Surrealismo:
- valoriza a intervenção fantasiosa na realidade;
- ressalta o automatismo contra o domínio da consciência;
- as formas da realidade são completamente abandonadas.
- Explorar o inconsciente, o sonho, a loucura; aproximar-se de tudo que fosse antagônico à lógica e estivesse fora do controle da consciência.
FUTURISMO
O Futurismo, movimento de artistas
italianos, deve ser considerado o primeiro movimento artístico tipicamente de
vanguarda, embora tenha surgido um pouco depois do Cubismo.
O primeiro manifesto do movimento foi
publicado em 20 de fevereiro de 1909, em Paris no "Le Figaro" e não
na Itália, assinado por Filippo Tommaso Marinetti (1876/1944);
apresentava como pontos fundamentais a exaltação da vida moderna, da máquina,
da eletricidade, do automóvel e da velocidade. Período 1909 a 1914.
Principais artistas: Umberto Boccioni,
Carlo Carrá, Luigi Russolo, Gino Severini, Giacomo Balla.
Características do Futurismo:
- Precedência da teoria sobre a prática e pretensão de ser "moderno", com exclusividade da expressão mais avançada da arte do seu tempo, características que, também, marcaram outros movimentos de vanguarda.
- Movimento que mais produziu manifestos.
- Expressão do dinamismo, ponto essencial da estética futurista.
- Busca de uma linguagem intensa, dinâmica, audaciosa capaz de expressar as novas concepções de espaço e movimento.
Reginaldo Leite
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
2º ano/Ensino Médio - História da Arte
ARTE NO BRASIL COLONIAL
Após
a chegada de Cabral, Portugal tomou posse do território e transformou o Brasil
em sua colônia. Primeiramente, foram construídas as feitorias, que eram
construções muito simples com cerca de pau-a-pique ao redor porque os portugueses
temiam ser atacados pelos índios. Preocupado com que outros povos ocupassem
terras brasileiras, o rei de Portugal enviou, em 1530, uma expedição comandada
por Martim Afonso de Sousa para dar início à colonização. Martim Afonso fundou
a vila de são Vicente (1532) e instalou o primeiro engenho de açúcar,
iniciando-se o plantio de cana-de-açúcar, que se tornaria a principal fonte de
riqueza produzida no Brasil.
Após
a divisão em capitanias hereditárias, houve grande necessidade de construir
moradias para os colonizadores que aqui chegaram e engenhos para a fabricação
de açúcar.
ARQUITETURA
A
arquitetura era bastante simples, sempre com estruturas retangulares e
cobertura de palha sustentada por estruturas de madeira roliça inclinada. Essas
construções eram conhecidas por tejupares, palavra que vem do tupi-guarani
(tejy=gente e upad=lugar). Com o tempo os tejupares melhoram e passam os
colonizadores a construir casas de taipa.
Com
essa evolução começam a aparecer as capelas, os centros das vilas, dirigidas
por missionários jesuítas. Nas capelas há crucifixos, a imagem de Nossa Senhora
e o de algum santo, trazidos de Portugal.
A
arquitetura religiosa foi introduzida no Brasil pelo irmão jesuíta Francisco
Dias, que trabalhou em Portugal com o arquiteto italiano Filipe Terzi,
projetista da igreja de São Roque de Lisboa.
Esquema de arquitetura primitiva:
Dois
eram os modelos de arquitetura primitiva. A igreja de Jesus de Roma (autor:
Vignola) e a igreja de São Roque de Lisboa, ambas de padres jesuítas.
Floresciam
as igrejas em todos os lugares onde chegavam os colonizadores, especialmente no
litoral.
Os
principais arquitetos do período colonial foram: Francisco Dias, Francisco
Frias de Mesquita, Gregório de Magalhães e Fernandes Pinto Alpoim. A liberdade
de estilo dada ao arquiteto modifica o esquema simples, mas talvez pela falta
de tempo ou por deficiência técnica não se deu um acabamento mais aprimorado.
Algumas
das principais construções de taipas:
Muralha
ao redor de Salvador, construída por Tomé de Sousa; Igreja Matriz de Cananéia;
Vila inteira de São Vicente, destruída por um maremoto e reconstruída entre
1542 e 1545; Engenhos de cana-de-açúcar; e Casa da Companhia de Jesus, que deu
origem à cidade de São Paulo.
TAIPA
Construção
feita de varas, galhos, cipós entrelaçados e cobertos com barro. Para que o
barro tivesse maior consistência a melhor resistência à chuva, ele era
misturado com sangue de boi e óleo de peixe.
Elas
podem ser feitas com técnicas diferentes:
A
taipa de pilão, de origem árabe, consiste em comprimir a terra em formas de
madeira, formando um caixão, onde o material a ser socado ia disposto em
camadas de 15 cm
aproximadamente. Essas camadas reduziam-se a metade após o piloamento. Quando a
terra pilada atingia mais ou menos 2/3 da altura do taipal, eram nela introduzidos
transversalmente, pequenos paus roliços envolvidos em folhas, geralmente de
bananeiras, produzindo orifícios cilíndricos denominados cabodás que permitiam
o ancora mento do taipal em nova posição. Essa técnica é usada para formar as
paredes externas e nas internas estruturais, sobrecarregadas com pavimento
superior ou com madeiramento do telhado.
A
taipa de mão ou pau-a-pique que se caracterizam por uma trama de paus verticais
e horizontais, eqüidistantes, e alternadamente dispostos. Essa trama era fixada
verticalmente na estrutura do edifício e tinha seus vãos preenchidos com barro,
atirado por duas pessoas simultaneamente uma de cada lado. A taipa de mão
geralmente é utilizada nas paredes internas da construção.
ESCULTURA
Os
jesuítas ensinaram aos índios e negros o alfabeto, a religião e a trabalhar o
barro, a madeira e a pedra.
O
índio é muito hábil na imitação, mas, também muito primário e rústico na
execução. O negro adapta-se mais facilmente e é exuberante no desenho, na arte,
no talhe e nas lavras.
Sob
direção dos religiosos e de mestres, vindos além-mar, o índio e o negro
esculpiram muitos trabalhos, que são a base ao enxerto da arte Barroca, em auge
na Europa.
Fonte: www.historiadaarte.com.br
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