ARQUITETURA
Taba ou Aldeia é a reunião de 4 a 10 ocas, em cada oca vivem
várias famílias (ascendentes e descendentes), geralmente entre 300 a 400 pessoas. O lugar
ideal para erguer a taba deve ser bem ventilado, dominando visualmente a
vizinhança, próxima de rios e da mata. A terra, própria para o cultivo da
mandioca e do milho.
No centro da aldeia fica a ocara, a praça. Ali se reunem os conselheiros, as mulheres preparam as bebidas rituais, têm lugar as grandes festas. Dessa praça partem trilhas chamadas pucu que levam a roça, ao campo e ao bosque.
No centro da aldeia fica a ocara, a praça. Ali se reunem os conselheiros, as mulheres preparam as bebidas rituais, têm lugar as grandes festas. Dessa praça partem trilhas chamadas pucu que levam a roça, ao campo e ao bosque.
Destinada a durar no máximo 5 anos a oca é erguida com varas, fechada e coberta com palhas ou folhas. Não recebe reparos e quando inabitável os ocupantes a abandonam. Não possuem janelas, têm uma abertura em cada extremidade e em seu interior não tem nenhuma parede ou divisão aparente. Vivem de modo harmonioso.
PINTURA CORPORAL E ARTE PLUMÁRIA
Pintam o corpo para enfeitá-lo e
também para defende-lo contra o sol, os insetos e os espíritos maus. E para
revelar de quem se trata, como está se sentindo e o que pretende. As cores e os
desenhos ‘falam’, dão recados. Boa tinta, boa pintura, bom desenho garantem boa
sorte na caça, na guerra, na pesca, na viagem. Cada tribo e cada família
desenvolvem padrões de pintura fiéis ao seu modo de ser. Nos dias comuns a
pintura pode ser bastante simples, porém nas festas, nos combates, mostra-se
requintada, cobrindo também a testa, as faces e o nariz. A pintura corporal é
função feminina, a mulher pinta os corpos dos filhos e do marido.
Assim como a pintura corporal a
arte plumária serve para enfeites: mantos, máscaras, cocares, e passam aos seus portadores elegância e
magestade. Esta é uma arte muito especial porque não está associada a nenhum
fim utilitário, mas apenas a pura busca da beleza.
A ALDEIA CABE NO COCAR
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A disposição e as cores das
penas do cocar não são aleatórias. Além de bonito, ele indica a posição de
chefe dentro do grupo e simboliza a própria ordenação da vida em uma aldeia
Kayapó. Em forma de arco, uma grande roda a girar entre o presente e o passado.
"É uma lógica de manutenção e não de progresso", explica Luis
Donisete Grupioni. A aldeia também é disposta assim. Lá, cada um tem seu
lugar e sua função determinados.
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A FLORESTA
O verde representa
as matas, que protegem as aldeias e ao mesmo tempo são a morada dos mortos e
dos seres sobrenaturais. São consideradas um lugar perigoso, já que fogem ao
controle dos Kayapó.
OS HOMENS
A cor mais forte (vermelho)
representa a casa dos homens, que fica bem no coração da aldeia. É a
"prefeitura" Kayapó, presidida apenas por homens. Aí eles se reúnem
diariamente para discutir caçadas, guerras, rituais e confeccionar adornos,
como colares e pulseiras.
AS MULHERES
O amarelo refere-se
às casas e às roças, áreas dominadas pelas mulheres. Nesses espaços, elas
pintam os corpos dos maridos e dos filhos, plantam, colhem e preparam os
alimentos. Todas as choças têm a mesma distância em relação à casa dos homens.
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TRANÇADOS E CERÂMICA
A variedade de plantas que são
apropriadas ao trançado no Brasil dá ao índio uma inesgotável fonte de matéria
prima. É trançando que o índio constrói a sua casa e uma
grande variedade de utensílios, como
cestos para uso doméstico, para transporte de alimentos e objetos trançados para
ajudar no preparo de alimentos (peneiras), armadilhas para caça e pesca, abanos
para aliviar o calor e avivar o fogo, objetos de adorno pessoal (cocares, tangas,
pulseiras), redes para pescar e dormir, instrumentos musicais para uso em
rituais religiosos, etc. Tudo isso sem perder a beleza e feito com muita
perfeição.
A cerâmica destacou-se
principalmente pela sua utilidade, buscando a sua forma, nas cores e na
decoração exterior, o seu ponto alto ocorreu na ilha de Marajó.
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